Os jornalistas Pedro Pomar, Tatiana Merlino e Débora Prado escreveram uma reportagem na edição de maio de 2013 da revista Adusp (Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo) que trazia dados sobre contratos firmados entre a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no período em que o médico Giovanni Guido Cerri exercia o cargo de Secretário de Saúde, e organizações privadas com que Guiovanni tinha alguma relação na época em que ocupava o cargo público. Em síntese, a matéria trazia informações que indicavam um conflito de interesses entre a atuação de Giovanni Cerri como Secretário de Saúde e sua proximidade com importantes intituições privadas credenciadas como Organizações Sociais de Saúde.
Em outubro de 2013, após a publicação da reportagem, Guiovanni Guido Cerri processou os jornalistas tanto no âmbito cível quanto no criminal. Na ação penal o médico alegou que o conteúdo da matéria publicada se configurava como crime contra a sua honra, de modo que acusou os jornalistas de terem cometido o crime de difamação, previsto no art. 139 do Código Penal. Na ação cível, movida contra os jornalistas e a Adusp, o pedido de Guiovanni era que fosse feito o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 200 mil, sob a alegação de que os jornalistas teriam que reparar o dano causado a ele.
Caso ADUSP
Jornalistas escreveram uma matéria que trazia informações que indicavam um conflito de interesses entre a atuação de Giovanni Cerri como Secretário de Saúde e sua proximidade com importantes intituições privadas credenciadas como Organizações Sociais de Saúde. (Foto: Reprodução)