Ricardo Fraga de Oliveira, advogado e engenheiro agrônomo, criou o movimento “O Outro Lado do Muro – Intervenção Coletiva” em julho de 2011, com o objetivo de provocar reflexões sobre a cidade a partir de um empreendimento da empresa Mofarrej Vila Mariana SPE Empreendimentos Imobiliários S/A. Na época, Ricardo organizou uma manifestação lúdica, convidando pessoas que passavam pela construção a escrever suas impressões a partir do que viam e o seu “ideal de cidade”.
Esse processo de consulta popular resultou na descoberta de possíveis irregularidades nos processos administrativos das obras e a possível existência de um córrego no local. A partir de então, eventos e manifestações foram realizados no local pelo movimento O Outro Lado do Muro. Além disso, denúncias quanto à possível irregularidade da obra foram realizadas pelo movimento Defenda São Paulo e um abaixo assinado com mais de 5 mil assinaturas, que resultaram na suspensão dos alvarás por duas vezes.
Diante disso, a empresa Mofarrej processou Ricardo, requerendo indenização por danos morais e materiais, além de que ele não participasse de protestos contra o movimento nos entornos da obra e não mais se manifestasse sobre a construtora na internet. Os pedidos da construtora, com exceção das indenizações, foram concedidos pela justiça tanto em sede liminar quanto na sentença.
Ricardo Fraga e O Outro Lado do Muro – Intervenção Coletiva
O advogado e engenheiro agrônomo criou o movimento “O Outro Lado do Muro – Intervenção Coletiva” em julho de 2011, com o objetivo de provocar reflexões sobre a cidade de São Paulo a partir de um empreendimento da empresa Mofarrej Vila Mariana SPE Empreendimentos Imobiliários S/A. (Foto: Reprodução)