Airton Cardim Prates Neto, artista plástico do Recife e ativista próximo ao Movimento Ocupe Estelita, costumava postar em suas redes sociais conteúdos relacionados ao Projeto Novo Recife, grande empreendimento imobiliário projetado sobre o Cais José Estelita, que despertou protestos de diversos setores da sociedade pernambucana, por entenderem que provocaria grande dano ao patrimonio cultural e histórico da cidade, desvirtuando o cais, considerado um marco a ser protegido.
Em seu perfil do Facebook, Airton postou uma imagem que criticava as construtoras envolvidas no empreendimento. Nela há 4 homens na frente de um conjunto de prédios (fazendo referência ao empreendimento). Os homens possuem rolos compressores no lugar de pernas e ao invés de rostos, cada homem tem um logo de uma das empresas responsáveis pelo empreendimento. Por fim, lê-se: ''Quem manda em Recife?” ''#ResisteEstelita''.
Por causa da publicação desta imagem, o artista plástico e o Facebook Serviços Online do Brasil foram processados por duas das construtoras envolvidas, com alegação de uso indevido de marca, em razão dos logotipos utilizados na criação da imagem, e pedido de indenização por danos morais, sob a alegação de que a publicação teria causado danos à imagem das empresas.
Empreiteiras de Recife processam artista plástico por charge
Por causa da publicação de uma imagem envolvendo duas construtoras, o artista plástico e o Facebook Serviços Online do Brasil foram processados pelas empresas, com alegação de uso indevido de marca e pedido de indenização por danos morais. (Foto: Pixabay)